sábado, 17 de janeiro de 2015

em memória de Leandro



Há uma semana que meus olhos andam umedecidos devido lembranças de um ato bárbaro, doentio e cruel. Na noite de 28 de novembro passou uma novem escura em nosso meio. Era a nuvem da morte que veio de forma bruta a derramar o sangue de um dos nossos.   Todos que fazem parte desse sangue, sentiram e sentem o que é a dor de uma mãe que perdera sua criança. Os amigos, que não acreditavam no fato, devido saberem que jamais essa criança teria a crueldade de tirar a vida de alguém, e, por outro lado, fatalmente perde a sua própria vida de forma aterrorizadora também sentem. O sangue jovem, que mal conhecera a vida, de uma hora para outra parte sem despedida. Talvez seja essa partida repentina o maior remorso de todos que aqui ficaram sentiram. Devido abraço que não foi dado, a palavra que não foi dita ou as palavras que não foram escritas. Mas graças a Deus, a vida jamais terá fim, sobretudo para aqueles que possuem a fé no que há de eterno. Um dos louvores que foram entoados no momento que foi velado, fizeram-me refletir: (“Que nenhuma família termine por falta de amor”), de igual modo o momento fúnebre, as palavras lidas do livro Eclesiastes, na qual nos ensina que há tempo para todas as coisas: tempo de semear e tempo de colher, assim como, o tempo de nascer e o tempo de morrer, tal como as palavras do cântico: (“ porque te abates, oh minh’alma? e te comoves perdendo a calma?”) encheram me de consolo, uma vez que recordei-me que aquele menino que se foi, chegando assim, o tempo dele de partir, de modo que nos deixou o exemplo de cultivar aquilo que for bom, pois também, cedo ou tarde iremos partir. Quero desejar que todos os familiares sejam agraciados com o consolo divino, desde os mais próximos, aos mais distantes; aos amigos e conhecidos. E à lembrança de Leandro, seja cultivada no coração e na mente de cada um.  Hoje, 07/ 13/14, tivemos a missa de sétimo dia, na capela Nossa Srª Aparecida, jd. Chc. Sol. Em memória, aramos e também nos reunimos em torno daquilo que somos, família. Assim, deixo aqui minhas saudações. Lembrando que, o tempo é o senhor de todas as respostas, e que a justiça jamais deixará de ser feita. Podem esconderem-se da vista dos homens, mas não dos olhos de Deus. Contudo, desejo que a paz e tranquilidade entre no coração de cada um, amortecendo qualquer desejo de Juízo com as próprias mãos, esperando assim, pacientemente, o juízo que vem dos alto, levando consigo a arma do perdão, pois acima de tudo, continua sendo a ferramenta mais poderosa contra as injustiças que o mundo promove. Os perversos não entendem o sentido da benignidade, pois apenas aqueles que a buscam conseguem atrair para si tal prodígio. A vida é apenas um sopro, mas somente Deus tem o direito de tira-la de alguém. Nesse pequeno diário, infelizmente nem sempre trago relatos bons, pois tudo que aqui se encontra, faz parte do dia a dia de um ser humano que tem dias bons e dias ruins. Já estamos quase na metade do mês de Dezembro, mas a cada sábado, nos lembramos com mais intensidade daquela noite traiçoeira, que de uma hora para outra, eternizou-se como a última para aqueles meninos. Deixando assim, o peso no coração dos pais, composta por muita dor, choro e lamentos. Hoje, 14/12/14, coloco-me mais uma vez perante o Senhor, Deus criador, pedindo que conforte o coração dos pais, pois sei que, por mais que as vezes a lembrança fuja por alguns instantes, logo ela retoma com mais intensidade. O sangue  que o coração bombeia entre as veias de um indivíduo, é o mesmo que circula nos corpos daqueles que fazem parte daquela mesma corrente sanguínea. As células estão interligadas. Enquanto em vida, Deus o abençoou com uma linda criança. Portanto, Leandro sempre estará em nosso meio.


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